quarta-feira, 12 de maio de 2010

Uma Verdade Inconveniente

Al Gore sempre foi um ecologista fervoroso. "Uma Verdade Inconveniente". Trata-se de uma volta às origens, por assim dizer, já que o documentário nada mais é do que a palestra que Al Gore costuma dar sobre a influência do ser humano no clima do planeta. Trata-se de um filme bastante didático, que mostra através de gráficos, fotos e estudos o problema do aquecimento global. Há a claríssima intenção de alertar o público dos problemas pelos quais o planeta passa, mas pode-se notar uma dedicação maior para que mais especificamente o público americano preste atenção nisto. O motivo o próprio filme diz: os Estados Unidos não assinaram o protocolo de Kyoto. Fazer com que a população saiba o porquê da importância do tratado e, consequentemente, fazê-la pressionar o governo americano é uma das intenções do filme. Outro ponto a se ressaltar é a insignificância que a América do Sul e a África têm neste filme. O aquecimento mundial, um problema global, é abordado sob várias formas e sempre citando o que aconteceria em vários pontos do planeta se a situação piorasse. Caso as calotas polares derretessem ou as correntes climáticas mudassem, por exemplo. Em momento algum é mostrado o que ocorreria em algum ponto destes dois continentes. A única vez em que a América do Sul é citada é de passagem, quando Al Gore menciona a existência de um furacão que atingiu o Brasil em 2004. Índia, China, Europa, Japão, Estados Unidos, México... todos estes países ou continentes são usados nos exemplos das possíveis consequências. América do Sul e África não, foram excluídos, como se não fizessem parte do planeta. Para quem já conhece a situação climática do planeta "Uma Verdade Inconveniente" não chega a surpreender, mas ainda assim é interessante pela quantidade de dados que oferece para amparar as deduções que apresenta. Mediano apenas.

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