quinta-feira, 13 de maio de 2010

Nos Lençóis Maranhenses - Passeio apresenta a turista vilarejos quase isolados


Esqueça as comodidades da vida nas cidades grandes. Nos dois vilarejos que existem nos 155 mil hectares do Parque dos Lençóis Maranhenses, não há computador, e o celular não dá sinal. Mas isso não é nada: lá também não há água encanada, luz elétrica nem rede de esgoto.E é bom que você não tenha problemas para dormir em redes, porque não vai encontrar nada parecido com uma cama.Apesar da precariedade da hospedagem, ir às comunidades de pescadores é um dos passeios mais interessantes e menos divulgados da região.Agências e algumas operadoras locais levam turistas para pernoitar nos oásis de Queimada dos Britos ou Baixa Grande. O passeio pode começar em Santo Amaro e terminar em Barreirinhas ou ter ida e volta por Barreirinhas. As duas cidades têm bons hotéis e pousadas.O trajeto até os Lençóis Maranhenses é feito em 4x4 e dura cerca de 40 minutos. A partir da entrada do parque, só é possível continuar a pé.A caminhada é puxada e consome de cinco a seis horas, tempo de sobra para se banhar nas várias lagoas transparentes. O vento engana os desavisados que se aventuram a andar sem protetor solar: a região tem temperatura média de 26C, índice que pode subir facilmente a partir de julho, quando começa o verão local (para os maranhenses, só há duas estações no ano: o inverno, que é a época das chuvas e dura todo o primeiro semestre, e o verão, no segundo semestre).Apesar de o sol ser forte, a areia branca é gelada, e dá para caminhar sem se preocupar com bolhas nos pés. Céu aberto é garantia de boas fotos.Os dois oásis ficam distantes três horas de caminhada um do outro. Queimada dos Britos tem oito moradores, divididos em três casas simples, feitas de madeira e palha. São filhos ou netos de Manuel Brito, um cearense que chegou ao local há cerca de 50 anos. Baixa Grande é um pouco maior, com cerca de 25 pessoas oriundas de Atins, povoado às margens do rio Preguiças. Nos dois oásis, todos vivem da pesca e da criação de bodes, galinhas e vacas.O isolamento dessas comunidades só é rompido quando falta sal ou fósforos, e um dos moradores é designado para ir à cidade buscar esses itens. Vai e volta no mesmo dia. A pé.Após um jantar preparado pelos próprios pescadores -quase sempre uma refeição com muito peixe ou frango- um dedo de prosa antes de ir dormir. No dia seguinte, depois de um café da manhã bem simples, começa a viagem de volta à civilização -com direito a celular, computador, trânsito...

ANÁLISE DA REPORTAGEM:


A reportagem enfoca bem essa troca cultural que o turismo proporciona. Neste caso específico, que não é preciso tanta sofisticação para se levar a vida, e atualmente muitos turistas estrangeiros vem para o Brasil para conhecer essa realidade que muitos acham que no mundo hoje não existe mais. Esse fato se repete não só no Nordeste, mas também na região Sudeste, mais preciso no Vale do Jequitinhonha e Norte de Minas, com o Turismo Solidário onde o turista conhece os atrativos naturais e culturais dessa região carente e também o Turismo Sertanejo que envolve as regiões interioranas do Brasil enfocando nessa integração do meio ambiente e suas relações enfatizando a valorização da identidade regional e na melhoria das condições de vida de um local. São novas formas de turismo que esta tendo o seu lugar no espaço e cada vez mais procura. Mas é contraditório dizer isso, sendo que para se desenvolver a atividade turística é necessário o mínimo de infra-estrutura básica, e nesses oásis no Maranhão, nem um tratamento de esgoto eles possuem.

PROPOSTA:

Uma proposta seria, unir o poder público e privado local para buscar soluções básicas para esses moradores, dando a eles pelo menos o saneamento básico, para evitar doenças já que a população é somente de famílias, pois dessa forma eles teriam melhores condições de vida e de poder continuar com mais tranquilidade essa história que é chamariz de novas culturas para o turismo.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/turismo/fx2009200715.htm

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